terça-feira, 7 de abril de 2009

Mundo Caro

Calma, cama, sexo
Sexto, sexta, feira
Homem, cara, carro
Caro, mano, fera
Erva, dita, cuja
Mato, mata, morre
Corre, saco, leve
Livre, letra, eme
Erne, livre, ponta
Ponte, massa, chumbo
Xisto, cheiro, choro
Comem, rabo, cura
Vado, come, gado
Cata, guimba, fraco
Frasco, liso, limo
Faca, corta, bucho
Bruxa, sorte, guia
Gira, mundo, porco
Vaca, leite, sobe
Quarto, quatro, vaga
Uma, duna, tena
Verme, bicho, praga
Roga, reza, chuta.

Prato de Prata

Esses subtítulos
Sem títulos
No verso do avesso
Mostra uma amostra
No prato de prata
de fato sem nada
Que corroe e rói
a fome que dói
No peito desfeito
do pobre esnobe.

Uma vida invicta
de tanto a tanto
Que traz atrás
Marcas e mais marcas
à toa e boas
Mostra a prata
de um prato
Que nada vale.

Alguns Trabalhos Visuais











O Sonho do Artista

Se formar em Escultura pelo Museu Nacional de Belas Artes foi à realização de um sonho que começou ainda criança para o artista plástico Cimar Rocha , 54 anos. A poesia foi o 1º passo do artista no mundo das artes. Na adolescência conheceu outros dons artísticos como desenho e pintura como autodidata, hoje se dedica também a esculturas de cerâmica.
Nascido e criado em Mesquita, Cimar trabalha há 10 anos com trabalhos sociais. “Eu estudei para levar a arte para todos e não só para elite. Estudei arte para contribuir, por isso priorizo os projetos sociais voltados para capacitação de jovens que não têm acesso diretamente ao mundo das artes”, explicou o artista.
Cimar Rocha encontra apoio e incentivo da família e vê no filho caçula de 8 anos, sinais de interesse em suas obras através de desenhos em telas.
Projeto Artesão, desenvolvido pelo Senac Rio, III Festival Estadual de Arte e Expressão, Sesi Bonecos do Brasil – oficinas de formas animadas 2006, Holográficos Continentes – Pinturas, são alguns dos vários eventos que contaram com a participação de Cimar Rocha. Dentre os locais que expôs seus trabalhos estão o Museu de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Centro Cultural de Cachambu.
Em Holográficos Continentes, sua dedicação à escultura transpôs do universo físico ao imaginário, onde suas pesquisas o levaram a pintura abstrata, tendo como influência artistas orientais. Cimar desenvolveu vários planos no espaço pictórico, sem lançar mão da perspectiva e utilizando suas próprias cores para levar o público a vivenciar o planeta e seus efeitos naturais. De acordo com o artista plástico, a idéia foi produzir através da imagem, uma reflexão visual, vindo de colorações de elementos naturais da natureza, por isso o nome “Holográficos Continentes”.
Diferente de alguns artistas plásticos, o pintor abstrato e escultor não se apega tanto em suas criações. Em seu atelier, onde modestamente chama de escritório, Cimar guarda apenas algumas telas e poucas esculturas. “Procuro doar para ONGS as minhas telas ou esculturas. Guardo comigo somente algumas obras. Gosto mesmo é de guardar os convites, panfletos dos eventos que participo”, disse. Em geral, Cimar procura fazer obras que façam a pessoa pensar e se questionar. “Não gosto de fazer obras que denunciem diretamente. Gosto de fazer a pessoa pensar, usar a criatividade o que pode ser aquela pintura, escultura”, explicou. Cimar Rocha aposta no Projeto Interferência Urbana e Esculturas Monumentais e painéis em alto relevo para Mesquita. “Esse projeto irá embelezar ainda mais nossa cidade. Deixando-a mais alegre com pinturas pelo município. Estou torcendo para que dê certo e o nosso município possa contar com a participação dos jovens nesse projeto”, afirmou .